sexta-feira, abril 27, 2007

Clarice

"Amor será dar de presente um ao outro a própria solidão?
Pois é a coisa mais última que se pode dar de si."

"O que eu sinto eu não ajo.

O que ajo nao penso.

O que penso não sinto.

Do que sei sou ignorante.

Do que sinto não ignoro.

Não me entendo e ajo como se me entendesse."

" É que sinto falta de um silêncio.

Eu era silenciosa. E agora me comunico, mesmo sem falar.

Mas falta uma coisa.

E vou tê-la.

É uma espécie de liberdade,

sem pedir licença a ninguém".

(Museu da Língua Portuguesa - São Paulo - 24 de abril a 2 de setembro de 2007)

1 Comments:

Blogger luadepedra said...

Sílvia, querida...

...amei frase por frase, únicas e verdadeiras. Um primor.

Belíssima, Clarice.

1 Bj*
Luísa

6:49 PM  

Postar um comentário

<< Home