Talvez tentando, por pura intuição ou instinto, acreditar ser mais leve que o vento. Nessa crença, ela tende a se levar, a se deixar levitar... E, quase como em um susto, ela se solta das amarras da realidade: cessa seu ser num instante inseguro, abandona o que é, fazendo-se diferente. Metamorfose e seu segredo. Agora ela é ar. Despojadamente, ar: suspensa no ar...
No varal da memória
penduro lembranças
alegres, intensas,
simples e anônimas,
recentes ou não.
Ficam à mercê dos ventos,
ao som de uma música,
uma imagem, um cheiro,
ou uma data marcada no calendário.
Desprende do varal
momentos felizes
Arejam minha alma
bagunçando os meus sentidos.
Contemplo o belo.
Sinto o cheiro
e o gosto da saudade.
2 Comments:
Talvez tentando, por pura intuição ou instinto, acreditar ser mais leve que o vento. Nessa crença, ela tende a se levar, a se deixar levitar... E, quase como em um susto, ela se solta das amarras da realidade: cessa seu ser num instante inseguro, abandona o que é, fazendo-se diferente. Metamorfose e seu segredo. Agora ela é ar. Despojadamente, ar: suspensa no ar...
...e soberana plainar sobre as águas cheia de si?
Sílvia, aqui continua tudo belo. Um deleite para nós seus visitantes e seus admiradores.
Beijo.
Zé
Postar um comentário
<< Home